segunda-feira, 4 de junho de 2007
(Cazuza)
Eu quero a sorte de um amor tranqüilo.
Com sabor de fruta mordida.
Nós, na batida, no embalo da rede,
Matando a sede na saliva.
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida.
E algum trocado pra dar garantia,
E ser artista no nosso convívio.
Pelo inferno e céu de todo dia,
Pra poesia que a gente não vive,
Transformar o tédio em melodia.
Ser teu pão, ser tua comida,
Todo amor que houver nessa vida.
E algum veneno anti monotonia.
E se eu achar a sua fonte escondida.
Te alcanço em cheio o mel e a ferida,
E o corpo inteiro como um furacão.
Boca, nuca, mão e a tua mente, não.
Ser teu pão, ser tua comida,
Todo amor que houver nessa vida,
E algum remédio que me dê alegria.
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