sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Li, gostei e resolvi postar. Não sei quem é o autor.


"Me levanto. A luz vermelha se acende. Na cama, jazia a mulher de rosto desfigurado dormindo com a bunda pra cima. Dou de ombros e vou até o banheiro conferir meus novos adornos faciais. Penso naquela bunda brilhando e de imediato algo intumesce. Acendo a luz e procuro o espelho. No espelho, eu via um casal familiar rindo alegremente, cúmplices. De novo essa história!? EXIJO o meu reflexo! É para isso que os espelhos servem, ou não!? A mulher se vira na cama, pude ver de soslaio. E late. O espelho do teto se abre e a luz da lua cai no quarto. A mulher olha pra lua cheia e uiva. Me sento na privada, pego a besta prateada e miro aquela bunda. Atiro. No mesmo segundo que atirei, a luz vermelha se apagou, a mulher uivante sumiu e a flecha ricocheteou pela parede: sobe, desce, sobe e desce, bate aqui e ali, ali e aqui. Eu já não entendia mais porra nenhuma do que estava acontecendo, o que eu fazia ali, como fui parar ali, qual era a minha missão, não sabia quem acendia aquela luz vermelha que fazia a mulher aparecer e quem era aquela mulher, aquele corpo, aquele rosto com a boca do Rockefeller. Fiquei com vontade de amar uma mulher! Não de transar com uma, de amar mesmo, amar de amor. Sentir aquele prazer/conforto/segurança que o abraço da pessoa amada consegue dar. Sentir aquela insegurança, aquele ciúme saudável, aquele medo atemorizante da perda ou da troca. De ficar ansioso por vê-la. Ah, eu amaria tanto uma mulher que mijasse de porta aberta ouvindo Drum n' Bass e assobiando Aerosmith enquanto eu ficaria esperando sua mijada enrolando um baseado. Eu a adoraria cada dia mais e mais. Compraria vários presentes: sprays e flores, roupas e bombons, pintos de borracha e fantasias de enfermeira. E transaríamos num balão. Transaríamos num tatame. Em cima de um piano, em um motel barato ou em cima do capô de uma Brasília milnovecentosecacetada. Para não termos imprevistos e gente atrapalhando, compraríamos um lança-chamas, colocaríamos seu ex-namorado dentro de meia dúzia de pneus e atearíamos fogo. Compraríamos um Taser e jogaríamos a minha ex-namorada na banheira e TASER NELA. Não teríamos concorrência, perigos e medos idiotas que costumam rondar as relações amorosas. Seríamos felizes para sempre na plenitude de um sentimento que seria capaz de mover as Montanhas Rochosas caso sua força fosse transpassada para uma força física.
Procurei no banheiro e no quarto o interruptor que faria aquela luz vermelha se acender e a mulher sem rosto aparecer. Pediria ela em casamento. Uma mulher sem rosto não deve despertar muita atenção por aí. Uma mulher sem rosto não passearia de mãos dadas e deixaria um rapaz novo transtornado igual àquele rapaz do ônibus. Uma mulher sem rosto não acordaria de manhã com a cara borrada de maquiagem. Eu odeio isso, maquiagem borrada pela manhã! A mulher fica com cara de sem vergonha, de puta bêbada. Sei lá. Abaixo as maquiagens ao amanhecer! Um brinde à mulher sem rosto! Terei que instalar luzes vermelhas em casa. Caso minha mulher se torne uma megera amarga, colocarei luzes normais, brancas e amarelas e peidarei à vontade assistindo a Fórmula 1 com um controle remoto na mão esquerda e uma lata de cerveja na direita.
Não, rapaz, não é assim que se trata uma dama! Mal casou e já tá se precavendo contra os possíveis defeitos da noiva? Não, seja positivo. Acorde cedo e compre mamão, laranja, pão preto, torrada, geléia de damasco, café, leite, chocolate e orquídeas brancas, acenda a luz (vermelha) do quarto e fale BOM DIA MEU AMOR, TE AMO PRINCESA, FIZ O SEU CAFÉ DA MANHÃ ESPECIAL e faça isso todos os dias alterando as frutas e o tipo do pão e o sabor da geléia. Alimente bem sua eterna parceira e transe com ela como se fosse a primeira vez, como se estivesse com a corte marcial te esperando na porta, pronta pra te levar, soldado. Isso rapaz, não, SAIA JÁ DAÍ DESSA PIA, não ouse lavar as mãos depois de transar com ela, isso é um insulto! Beije-a delicadamente após o sexo bem-feito, olhe-a nos olhos e não diga uma palavra - faça-a sentir no olhar o que sua boca pronunciaria: EU TE AMO!
Se o telefone tocar nessa hora mágica e for o seu chefe reclamando do atraso, proteste, "Chefe, caro chefe, estou aqui com uma das maiores maravilhas do mundo e ela está com a boca no meu pau, ouviu, NO MEU PAU, e você me vem reclamar de atraso?! Faça o favor de ir tomar no cu e cuidar do SEU atraso. Pense nisso. E tome no cu de novo" e desligue na cara do filho de uma puta, tire aquela mulher dali pelos cabelos e beije-a meu caro, sinta o seu próprio gosto misturado com o mamão, com o chocolate e com o pão preto com requeijão e celebre a vida boa que a você foi direcionada! Uma mulher te ama! A mulher que você ama, te ama! Você é um vencedor, meu amigo!"

Um comentário:

Sally disse...

Pirei nesse texto! Pensei em quinhentas pessoas para enviá-lo, pois tem o jeito de escrever de vários conhecidos...
Não sei daonde o tirou, mas suas fontes são tão incríveis quanto o que você escreve com os próprios dedos.

Garota... De uma forma estranha, é como se nos conhecessemos... Você me atrai. De uma forma boa e NEM UM POUCO LESBICA (shaushuas antes que alguém entenda errado).